Fonte: A Tribuna Mato Grosso
Osteoporose é a doença óssea metabólica mais frequente, sendo a fratura a sua manifestação clínica. É definida patologicamente como “diminuição absoluta da quantidade de osso e desestruturação da sua micro arquitetura levando a um estado de fragilidade em que podem ocorrer fraturas após traumas mínimos”. É considerado um grave problema de saúde pública, sendo uma das mais importantes doenças associadas com o envelhecimento. A doença progride lentamente e raramente apresenta sintomas.
O aparecimento da osteoporose está ligado aos níveis hormonais do organismo, o estrógeno hormônio feminino, também presente nos homens, mas em menor quantidade ajuda a manter o equilíbrio entre a perda e o ganho de massa óssea. Essa é uma doença que ataca na sua grande maioria pessoas do sexo feminino. No Brasil, há pesquisas que comprovam que 10 milhões de pessoas têm essa doença, sendo que 75% desse total são mulheres.
Apesar de não se saber a causa exata da osteoporose, é conhecida a forma como a doença se desenvolve na mulher. Embora pareçam estruturas inativas, os ossos se modificam ao longo da vida. O organismo está constantemente fazendo e desfazendo ossos. Esse processo depende de vários fatores como: genética, boa nutrição, manutenção de bons níveis de hormônios e prática regular de exercícios. Na menopausa a ausência do hormônio feminino faz com que os ossos percam cálcio e fiquem porosos como uma esponja. Esta fraqueza dos ossos expõe a mulher a riscos maiores de fraturas tanto por quedas como espontâneas.
A densidade mineral (de cálcio) é reduzida de 65% para 35% quando a doença se instala. O canal medular central do osso torna-se mais largo. Com a progressão da osteoporose, os ossos podem ficar esburacados e quebradiços. Alguns fatores podem facilitar uma pessoa a ter osteoporose como: pessoas de raça branca, fumantes, consumidores de álcool ou café em excesso, diabéticos e praticantes de exercícios físicos em grande escala.
Essa doença pode ser prevenida com: exercícios físicos regularmente, dieta com alimentos ricos em cálcio como leite e derivados; verduras, como brócolis e repolho, camarão, salmão e ostra, etc. Mas de nada serve ingerir alimentos com muito cálcio e não ingerir vitamina D, pois ela ajuda na absorção de cálcio pelo intestino a falta de vitamina D causa osteomalacia, o amolecimento dos ossos. A reposição hormonal do estrógeno em mulheres na menopausa consegue evitar a osteoporose.
Bom para o tratamento ou prevenção da osteoporose, são a tração (musculação) e o impacto (corrida, caminhada, dança). A corrida é um excelente exercício na prevenção e combate à osteoporose, pois o impacto provocado auxilia na renovação celular dos ossos, tornando-os mais fortes e menos suscetíveis fraturas. Por exemplo, no momento em que a mulher treina tão intensamente, que tem sua gordura corporal reduzida drasticamente até um ponto em que seu ciclo menstrual acaba cessando (amenorréia secundária), a parada da menstruação pode retirar o efeito protetor do hormônio estrogênio sobre o osso e tornar esta mulher jovem mais vulnerável à perda de cálcio. Somando-se a isso uma nutrição inadequada, o problema é acentuado. Se esta amenorréia persiste, a atividade física não é mais benéfica e o risco de lesões músculo-esquelético aumentará durante o exercício.
O preocupante é que se a pessoa diminuir a intensidade dos exercícios e a menstruação voltarem, parte da sua massa óssea será recuperada, mas sem conseguir alcançar os níveis conseguidos pelas mulheres que mantiveram suas menstruações normais. Ou seja, tudo que é exagerado não é bom. As mulheres que já tiveram anorexia nervosa, muito provavelmente sofrem de osteoporose precoce – se estas mulheres resolvem começar a treinar e aumentam de maneira abrupta seu volume e/ou intensidade, possivelmente sofrerão lesões músculo-esquelético pelo fato de terem seus ossos enfraquecidos.
Agora que você já sabe que se exercitar (mas sem exageros) é extremamente importante, descubra o que gosta de fazer e divirta-se! Mas lembre-se, procure sempre um profissional qualificado para indicar corretamente o que fazer e como fazer.
(*) Cristiano Folley Julio Queiroz, Flavio Henrique, Jefferson Sales, Natalia Ribeiro Santos e Edivan Borges Muniz são acadêmicos de educação física
fonte: www.educacaofisica.com.br